sábado, 30 de julho de 2011

Amy winehouse

Fez boa música, produziu arte, compôs, escreveu, tocou e cantou sob o critério da arte é uma arte e tanto. E surpreendeu muito a todos. Apesar de branca, mas suas raízes eram na música negra, influenciada pela família de cantores de jazz trouxeram ao mundo uma capacidade artística incrível, que revigorou a história do jazz e do R&B (Rhythm and Blues, gênero musical nascido junto com o jazz nos anos 50).
O JAZZ é um movimento artístico, cultural e político, de resistência de uma época de luta contra o racismo. Amy Winehouse mostrava sua rebeldia em suas letras, foi rebelde porque fazia a verdadeira arte.
Porém para sua desgraça, Amy Winehouse no mercado foi construída sob uma visão de rebeldia e ao uso exagerado de drogas e álcool. E automaticamente ao se falar de Amy Winehouse, se fala de sua relação com as drogas e álcool e pouco importava seu desempenho cantando. Mas queriam mostrar somente que ela estava drogada e isso que importava, e era o que realmente estava dando lucro.
Amy gravou dois maravilhosos álbuns Frank, 2003 e Back to Black, 2006. Mas o mercado queria mais e a pressão do mercado e da imprensa diziam que a cantora estava usando tantas drogas que não conseguia mais gravar e apresentar novos trabalhos ao seu público. Mercado esse que pouco se importou em respeitar seu ritmo artístico e estava a obrigando a produzir. Mas o artista não pode ser obrigado a produzir sua arte em série, uma coisa nova a cada ano, sob o ritmo do mercado musical.
Mas não divulgaram, no entanto, um dos motivos da demora para o lançamento do 3° álbum de Amy. Era porque as músicas que estavam sendo gravadas estavam caminhando para um estilo muito fora do padrão que deu fama a cantora, que segundo a Universal Records estava expresso em Back to Black.
Não veremos mais o tão esperado 3° álbum de Amy Winehouse, pelo menos não na forma que ela poderia ter pensado. A Universal Records deve lamentar a morte da cantora por não haver mais possibilidade de ter lucros com novos trabalhos. No entanto, agora, após sua morte comemora a retomada das vendas de Back to Black e sua subida para o topo dos mais vendidos. A arte perdeu. Para nos que realmente apreciamos a boa arte temos que nos bastar com que Amy Winehouse deixou.
Lenne Ribeiro

Amy Winehouse